A verdadeira inclusão educacional vai além de garantir acesso à escola. Ela exige práticas pedagógicas fundamentadas e eficazes — que reconheçam as especificidades de cada estudante e ofereçam caminhos reais para a aprendizagem. É com esse compromisso que o método IntraAct se posiciona como uma solução concreta para um dos maiores desafios da educação: alfabetizar respeitando a diversidade neurológica.
Neurociência a serviço da inclusão
Desenvolvido com base na neurociência cognitiva, o IntraAct parte do princípio de que aprender a ler e escrever é um processo cerebral ativo, que exige atenção, organização e automatização. A metodologia considera o modo como o cérebro processa sons, símbolos e significados — adaptando-se às diferentes formas de funcionamento cognitivo do cérebro..
Crianças com dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente enfrentam barreiras nas abordagens tradicionais de alfabetização. Dificuldades de concentração, trabalho com a memória de curto prazo e armazenamento na memória de longo prazo podem comprometer o avanço escolar quando não há intervenções adequadas.
O IntraAct propõe um novo olhar para o aprendizado, ao integrar consciência fonológica, atenção visual dirigida e uma apresentação progressiva e estruturada dos grafemas. Esse novo enfoque favorece uma experiência de ensino mais significativa e eficaz. Com uma organização clara e uma aplicação simples, o método torna o ambiente de aprendizagem menos sobrecarregado e mais acessível, promovendo maior engajamento dos alunos, reduzindo a frustração e potencializando os avanços no processo de alfabetização.
Resultados que comprovam a eficácia
Os resultados alcançados por escolas que adotaram o IntraAct têm sido impressionantes. Alunos com graves dificuldades de leitura e escrita passaram a apresentar avanços significativos em fluência e compreensão textual em poucos meses. Em muitos casos, o domínio da leitura acontece em até quatro meses — inclusive entre crianças com dificuldades previamente diagnosticadas, como dislexia, TDAH ou TEA.
Esses progressos não são fruto de repetições mecânicas, mas sim da reorganização intencional do ensino, fundamentada em como o cérebro realmente aprende. Elementos como a “janelinha de leitura”, a introdução gradual e sistemática de fonemas e grafemas, o foco na atenção e a estruturação clara das etapas do processo de ensino tornam o conhecimento linguístico mais acessível e eficaz para todos os alunos.
Inclusão com intencionalidade pedagógica
A proposta do IntraAct é, antes de tudo, humanizadora. Não se trata apenas de adaptar o ensino, mas de reconhecer e valorizar as singularidades de cada aprendiz. O método não classifica os alunos por diagnósticos, mas por potenciais de desenvolvimento, oferecendo uma rota acessível, segura e cientificamente embasada para que todos possam avançar.
Educadores e redes de ensino que adotam essa abordagem relatam não apenas melhorias no desempenho acadêmico, mas também um aumento significativo na autoestima, na motivação e no vínculo afetivo entre alunos e professores.
Uma educação possível para todos
O IntraAct demonstra, na prática, que uma educação equitativa, estruturada e inclusiva é possível. E mais: é urgente. Quando o ensino respeita o funcionamento do cérebro, o que antes parecia um obstáculo torna-se um ponto de partida.
Porque toda criança tem o direito de aprender — e a escola, o dever de encontrar os caminhos para que isso aconteça.