O Brasil, quatro em cada dez estudantes não aprendem a ler e escrever até o 2º ano do ensino fundamental, segundo dados recentes do Ministério da Educação. O número expõe o tamanho do desafio que motivou a criação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, aprovado pelo Governo Federal no início de novembro. A nova lei une União, estados e municípios em torno de um esforço para garantir que todas as crianças brasileiras sejam alfabetizadas até o fim do 2º ano.
Enquanto o país se mobiliza para reverter o atraso na alfabetização, um método de ensino baseado na neurociência cognitiva vem mostrando resultados expressivos em escolas públicas de seis estados. Criado e aplicado na Alemanha há 30 anos, o IntraAct já alfabetizou mais de 23 mil alunos brasileiros em redes públicas municipais de 20 cidades em 6 estados (SC, MG, PR, MA, GO e MT), e formou 1,2 mil professores no país, com mais de 80% de taxa de sucesso no ensino da leitura em cinco meses e na alfabetização até o final do ano letivo.
“A neurociência nos ensina que alfabetizar é, antes de tudo, respeitar o funcionamento do cérebro. Quando organizamos o ensino de forma lógica, emocional e repetitiva, o aprendizado acontece de maneira natural”, explica Moysés Gori, CEO do IntraAct Brasil.
O método, que começou a ser aplicado na Alemanha em clínicas voltadas ao atendimento de crianças com dislexia, TDAH e autismo, rapidamente se mostrou eficaz em salas regulares. Ele organiza o aprendizado em blocos de letras de acordo com a facilidade fonética, priorizando a pronúncia e a memória cognitiva, em vez da sequência alfabética. A proposta é automatizar o processo de leitura e escrita com base em evidências sobre como o cérebro processa informações.
“Quando o professor entende o porquê por trás de cada etapa, o ensino deixa de ser mecânico e passa a ser estratégico. O IntraAct devolve ao educador o papel de mediador consciente do aprendizado, e às crianças, a autonomia de descobrir o prazer de ler. É um método que fortalece tanto quem ensina quanto quem aprende, bem como toda a comunidade acadêmica, incluindo os pais”, afirma Janaína Mourão, Diretora Pedagógica do IntraAct Brasil.
De aplicação simples, o IntraAct combina material didático próprio com formação estruturada de professores — são 13 horas de capacitação presencial, 10 horas de reuniões de acompanhamento e suporte contínuo por meio de grupos e avaliações pedagógicas. “Nosso diferencial está em unir ciência, dados e propósito. Cada município parceiro é acompanhado de perto, com métricas de desempenho e supervisão constante. É uma jornada coletiva. Nós costumamos dizer que pegamos nas mãos dos nossos clientes porque temos o compromisso com os bons resultados.”, afirma Gori.
O IntraAct atua com atestado de exclusividade da Câmara Brasileira do Livro (CBL) para tradução e comercialização do método em língua portuguesa.
Santa Catarina lidera expansão com projeto-piloto estadual. Em Santa Catarina, estado com a maior taxa de alfabetização do país (97% da população alfabetizada, segundo o Censo 2022), a iniciativa teve início com um projeto-piloto, que atingiu 2.500 alunos da rede pública.
Outro destaque é o município de Maringá (PR), que incorporou o IntraAct em larga escala, com 8.300 crianças da rede municipal já participando do programa.
Alta Floresta (MT) conquista Selo Ouro da Alfabetização. No Centro-Oeste, o município de Alta Floresta (MT) se tornou um caso emblemático de sucesso, pois com o apoio do método IntraAct, a cidade conquistou o Selo Ouro da Alfabetização 2025, reconhecimento concedido a municípios que alcançam níveis de excelência em leitura e escrita nos primeiros anos do ensino fundamental.
Em Alta Floresta, que adota o método IntraAct em toda a rede municipal desde 2022, a fluência em leitura chegou a 80% dos alunos do 1º e 2 anos das escolas públicas, na avaliação final de 2024 do CNCA (Compromisso Nacional Criança Alfabetizada). A cidade tem se destacado no cenário educacional com a primeira colocação no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do estado de Mato Grosso.
“Quando assumimos a Secretaria Municipal de Educação nós tínhamos um índice de apenas 35% das nossas crianças eram alfabetizadas na idade certa. Após a implantação do método IntraAct, nós temos para mais de 90% e esse índice foi medido nacionalmente, porque tivemos quatro escolas contempladas com as melhores do índice do Ideb. Elas tiveram um crescimento de 5.4 para 6.5”, conta a secretária municipal de educação Lucinéia Mattos.”
“Alta Floresta nunca esteve tão bem no Ideb Nacional. Conseguimos avançar muito com esses resultados”, reforça Chico Gamba, prefeito de Alta Floresta. Para o IntraAct, cada nova rede parceira representa mais do que um projeto pedagógico, trata-se de um investimento em transformação social.”
“Quando uma criança aprende a ler, ela muda a sua própria história, da família, da escola e da comunidade como um todo”, reflete Moysés Gori. “Nosso papel é garantir que o Brasil alcance a meta de alfabetizar todas as crianças até o segundo ano, com base na ciência e no afeto. É assim que construímos um futuro mais justo”, conclui.
Com o objetivo de dobrar o alcance a cada ano e expandir para Nordeste, Norte e Centro-Oeste, a startup atua hoje como uma empresa educacional de impacto social, apoiada em dados auditados e resultados comprovados.
“Educação é o que leva à igualdade. Sabemos que não é fácil implantar um material pedagógico. Esse método IntraAct foi abraçado pelos nossos professores, com os nossos alunos interagindo de uma maneira fantástica. E eu falo: a educação, você tem de investir!”, destaca Osmar Antônio Moreira, prefeito de Paranaíta (MT), cujo IDEB passou de 4,9 (2021) para 5,3 (2023).
Sobre o IntraAct Brasil
Sediado em Brasília (DF), o IntraAct Brasil oferece um método de alfabetização fundamentado em neurociência cognitiva, desenvolvido a partir de 30 anos de experiência na Alemanha, para acelerar e tornar mais segura a aprendizagem da leitura e da escrita. Com aplicação em diversos contextos — da educação infantil à recomposição de aprendizagem em adolescentes e adultos — o método permite que 80% dos alunos sejam capazes de ler em 4 a 5 meses e que, ao final do primeiro ano, até 80% da turma esteja alfabetizada.
O IntraAct Brasil fornece kit didático completo, formação de professores e acompanhamento técnico contínuo, sendo compatível com as diretrizes da BNCC e adaptável a diferentes perfis de alunos e redes de ensino.
Atualmente, mais de 23 mil estudantes de redes públicas municipais e 1.200 professores de seis estados brasileiros (SC, MG, PR, MA, GO e MT) já foram impactados pela metodologia.
Podcast edinhotaon/ Edno Mariano.
Fonte: https://www.magazineeacao.com.br/metodo-alemao-de-neurociencia-aplicada-a-alfabetizacao-ensina-estudantes-brasileiros-a-ler-em-ate-5-meses/
